sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Não te deixes enganar! [3] - Teoria?

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No dia-a-dia somos confrontados com palavras que tendem a surgir fora de contexto. Umas das palavras mais mal usadas é “Teoria”.
Erroneamente, há quem defina a palavra teoria como se se tratasse de uma suposição, intuição ou até como uma mera hipótese. Por exemplo: “Tenho uma teoria de que o meu professor é um E.T.”.




No entanto, em linguagem cientifica uma teoria consiste numa combinação de explicações para um dado conjunto de observações que tenham sido testadas e comprovadas pela evidência (e.g.: Teoria da Relatividade).
Frases do tipo: “A existência de átomos é só uma teoria”, e semelhantes, são exemplos da confusão entre hipótese e teoria. O locutor desta frase pretende dizer, na verdade que a existência dos átomos é uma hipótese. Para este caso, existe um conjunto de explicações que culminam na Teoria atómica que nos diz que todas as substâncias químicas são formadas por unidades fundamentais: os átomos.

E será possível tratar algumas teorias como factos/leis? Claro que sim. Um exemplo claro disso é a Gravidade.


"A Teoria da Gravidade" ou "A Lei da Gravidade"?

Gravidade é o nome que se dá ao fenómeno em que dois corpos de determinada massa são atraídos  mutuamente, não “flutuando” aleatoriamente no espaço. Este fenómeno é um facto observado na natureza. De facto, Henry Cavendish mediu a força de atração entre duas esferas no final do século XVIII.
 Diferentes teorias surgiram para descrever como e porque é que esse fenómeno ocorre: A teoria da gravitação de Newton (que postula que uma força atua instantaneamente a uma dada distância) foi aceite durante muitas décadas até que a teoria geral da relatividade mudou completamente o nosso entendimento sobre a gravidade (considerando desta vez uma conformação espaço-tempo). Desse modo a gravidade é um facto/lei, porque é observada, e ao mesmo tempo uma teoria porque possui um conjunto de explicações que a descrevem.




A razão é a faculdade humana que leva à tomada de conclusões válidas ou úteis. Possui raiz na observação e na suposição e encaminham-nos ao ponto mais próximo possível da verdade. A razão não é a verdade mas um conjunto de algoritmos lógicos (racionais) que nos permitem chegar o mais perto possível da verdade. 
Assim todas as conclusões retiradas da ciência são atingidas por meio da razão com a execução de um método analítico apropriado (método cientifico), constituído pelas seguintes etapas comuns:
1)      Observação
2)      Formulação da hipótese
3)      Fase Experimental
4)      Publicação de resultados para revisão por pares

“Todo o nosso conhecimento, medido face à realidade é primitivo e infantil, no entanto constitui o bem mais precioso que temos.”
Albert Einstein
Peace out,
André Gabriel





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