segunda-feira, 30 de julho de 2018

Aviso - Blog secundário

Olá!

Há bastante tempo que não escrevo neste blog. Bem sei que ando desaparecido em combate. No entanto tenho alguns textos, (alguns escritos há mais de 10 anos atrás que gostaria de partilhar convosco).
A má notícia? Não os vou partilhar neste blog.
A boa notícia? Serão partilhados num blog secundário que eu criei. 
Motivo? Os temas não se adequam aos objetivos deste blog. Não penso que todos os leitores deste blog se interessem pelo tema.
E qual é o tema? Acima de tudo jogos, mas também outras baboseiras que tenho por aí guardadas. 

Aqui vai o link para os interessados:

https://lifeisgamesandjazz.blogspot.com/

O primeiro texto é de 2007/2008 e é um resumo de Tomb Raider I. Podem aguardar de Tomb Raider II e III.
Aqui vai o link:

http://lifeisgamesandjazz.blogspot.com/2018/07/tomb-raider-i.html


Assim que tiver publicado mais alguma coisa, serão notificados pela página de Facebook:

https://www.facebook.com/lifeisvidagabriel/
(Deixem um like na página)

Abreijos,
André Gabriel

Entretanto, fica aí uma foto em que faço uma cara aleatória para se entreterem. :P




quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Auto-reflexão - Distância

Como será que podemos classificar a distância? No dia-a-dia somos confrontados com expressões como “amor à distância”, “ensino à distância”, “eles estão tão longe agora!”; pela física sabemos que é uma unidade de medida dada pelo produto entre a velocidade e o espaço temporal, mas como podemos de facto classificar a distância?
A verdade é que a distância às vezes pode não vir em metros ou em quilómetros… No ponto de vista psicológico, por vezes pode vir em horas, dias, meses… E parecendo que não, a cada dia que passa, ora ficamos mais perto de alguém, ora nos afastamos mais de alguém… Dizem que a esperança média de vida de uma amizade é 7 anos, no entanto existem amizades que não se perdem com o tempo e com a distância (no verdadeiro sentido da palavra). Uma amizade deveria perdurar e sobreviver o obstáculo do tempo e da distância… e do silêncio... Se algo tenta quebrar uma amizade, só os verdadeiros laços criados entre as pessoas (todos os momentos que passaram juntos e o seu efeito no futuro) podem firmá-la.
Por vezes, o silêncio não é sinónimo de distanciamento, nem tão pouco sinónimo de falta de dedicação, a verdade é que é difícil conciliar os novos obstáculos que a vida nos traz com as pessoas que fazem parte da nossa vida; não é que não tenham um lugar no nosso pensamento, mas simplesmente não é tao fácil marcar eventos ou encontros quando a vida toma outro rumo.
Saibamos, sim, dar valor aos bons momentos que já passámos e que não seja a distância nem o tempo a pôr um ponto final na nossa amizade, pois se um dia nos voltarmos a ver vamos continuar a ser amigos, irmãos; e tudo o que nós passámos continuará a fazer parte da nossa História. Se alguém pensa que deixei de comunicar por falta de interesse ou até mesmo de amizade, desengane-se… O Eu que tu conheceste é o mesmo Eu que ainda hoje sou. Se as circunstâncias me impedem de continuar a estar nalgum certo sítio, não é isso que nos deve separar como amigos.
Se, pela minha parte, a falta de palavras te tem feito sentir que não desejo manter a nossa amizade, olha, diz-me qualquer coisa, se calhar é hora de rever bons e grandes amigos. :)

André





segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Memória e identidade

Sem dúvida que um dos fatores que mais asseguram a nossa identidade pessoal é a memória. A memória, assim como o esquecimento, é essencial para a nossa sobrevivência. Gazzinga disse que “99% da informação que entra no cérebro é posta de lado”. Isto ocorre porque cabe ao cérebro selecionar o que é de facto relevante à nossa vida.




A aquisição de novas memórias pode interferir com a recuperação de memórias antigas e o mais incrível é que sempre que uma memória é invocada esta sofre alterações: Modifica-se. Assim se alguém lhe meter na cabeça que quando foi comer fora pediu um prato de vitela, quando de facto pediu leitão, a sua memória pode ser moldada de tal maneira (dependendo da intensidade com que essa nova aprendizagem é adquirida pelo cérebro) que terá comido leitão naquele dia. E até achará estranho se encontrar o talão que comprova que não comeu vitela. Assim, “não se esquece. Só não se reconhece”.

Por outras palavras, não podemos caraterizar a memória como um processo inalterável. A memória não reproduz fidedignamente o registo aprendido: Reconstrói os dados. Assim, sempre que se conta uma história, são inventadas novas descrições, e outras são ocultadas de modo involuntário. No entanto, nem todos os conteúdos são esquecidos. Podem simplesmente modificar-se de tal forma que já não se assemelham ao contexto de aprendizagem.



A formação de memórias ocorre devido à construção e consequente utilização dos circuitos nervosos. A informação inicialmente aprendida é importante, pois influencia na construção de novas memórias. É a utilização dos circuitos nervosos construídos para uma certa memória que permite tornar uma memória de curto prazo numa memória de longo prazo.

As manifestações de memória e emoções são controladas pelas estruturas do sistema límbico. A consolidação da memória ocorre no hipocampo, ao estabelecer novas conexões com o neocórtex (regiões bem desenvolvidas do cérebro) e a amígdala (o verdadeiro “centro das emoções”) pode influenciar a formação da memória ao atribuir emoções.

Assim quando alguém disser “Gostei tanto de te voltar a ver”, podemos identificar a ação destas estruturas do sistema límbico. Na parte “Gostei tanto” é reconhecida a ação da amígdala e “de te voltar a ver”, do hipocampo.


No entanto se ocorrerem lesões nalgumas regiões do nosso cérebro pode ocorrer perda de memória, que se caraterizam em amnésias e, em casos mais graves, até demências.

O desgaste das células do sistema nervoso e respetivos circuitos nervosos pode dificultar o processo de memorização e por vezes torna-se complicado adquirir novas memórias (amnésia anterograda). Por outro lado, também pode ocorrer dificuldade em recordar o que foi memorizado mais recentemente (amnésia retrograda) devido ao consumo de álcool ou até lesões cerebrais.



E as questões que ficam no ar: Seremos nós o produto da nossa memória? Será que se a nossa memória fosse total ou parcialmente apagada a nossa identidade se manteria? Será que uma formatação à nossa memória nos levaria a tornar-nos noutros indivíduos que não nós?

Peace out,
André Gabriel





segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Vitamina C e Escorbuto


Canto V, Estâncias 81 e 82
E foi, que de doença crua e feia
A mais que eu nunca vi, desempararam
Muitos a vida, e em terra estranha e alheia
Os ossos para sempre sepultaram.
Quem haverá que sem ver o creia?
Que tão disformemente ali lhe incharam
As gengivas na boca, que crescia
A carne, e juntamente apodrecia.

Apodrecia, cum fétido e bruto
Cheiro, que o ar vizinho inficionava
Não tínhamos ali médico astuto,
Sururgião sutil menos se achava;
Mas qualquer neste ofício pouco instruto
Pela carne já podre assi cortava,
Como se fora morta, e bem convinha,
Pois que morto ficava quem a tinha.
Luís Vaz de Camões, em Os Lusíadas



Vitamina C - fonte de saúde:

A vitamina C é uma vitamina abundante no reino vegetal, no entanto também pode ser encontrada nos rins, fígado e leite de alguns mamíferos (não primatas e não cobaias).
Esta vitamina é importante na formação do sistema nervoso, síntese de hormonas, atua como antioxidante, acelera a absorção do ferro no intestino delgado, evita os depósitos de colesterol na paredes dos vasos sanguíneos, evita a osteoporose, fixando o cálcio e ainda permite a síntese de colagénio.



Colagénio - A cola da vida
O colagénio pertence ao grupo de proteínas animais mais abundantes no planeta. Está presente no tecido conjuntivo, existindo de vários tipos (do tipo I ao XI), a constituir o ser humano. O colagénio tipo I corresponde a 90% de todo o organismo dos mamíferos. Está presente em tendões e ossos na sua maioria.

A sua síntese é iniciada em células denominadas fibroblastos, mas também ocorre em odontoblastos e osteoblastos. O colagénio forma fibras grossas e resistentes (eg evitando que a pele rasgue se esticada). Se sujeitarmos o colagénio a tratamentos com calor ou ácidos, este adquire propriedades colantes e é daí que deriva o seu nome.



Fibroblastos, células produtoras de colagénio


Síntese do colagénio - A vitamina C mostra-nos do que é capaz:

A síntese do colagénio ocorre na presença de várias enzimas numa enorme sucessão de etapas, como está descrito na figura.

Durante a sua formação são necessárias duas enzimas dependentes da Vitamina C.

A vitamina C funciona como co-factor (uma espécie de ativador) das enzimas prolil-hidroxilase e lisil-hidroxilase, duas enzimas que catalisam a hidroxilação dos resíduos prolil e lisil para formar a molécula de pro-colagénio. Estas modificações são importantes pois permitem lançar o pro-colagénio para o espaço intersticial (exterior da célula), levando à estabilização e maturação da molécula no tecido conjuntivo.



Escorbuto - carência de vitamina C:

Caso a vitamina C não esteja presente, os fibroblastos do individuo não conseguirão realizar as reações de hidroxilação que irão formar o colagénio e, como tal, surgem doenças como o escorbuto. Esta doença é resultante do enfraquecimento das estruturas de colagénio no tecido conjuntivo.

Os sintomas da pessoa irão caraterizar-se em hemorragias subcutâneas, não cicatrização de feridas, formação de edemas (inchaços), anemia (diminuição do transporte de O2), enfraquecimento capilar, dores vigorosas nas articulações, gengivas inflamadas e esponjosas com desorganização e perda dos dentes, todos devidos à degeneração generalizada do tecido conjuntivo.



Será que a ingestão de produtos ricos em colagénio permite evitar o escorbuto?

A gelatina, por exemplo, é um alimento à base de colagénio. 

Durante o processo digestivo, essa proteína é reduzida a aminoácidos ou péptidos inferiores, que serão absorvidos pelas células intestinais e levados até ao fígado onde serão produzidas outras proteínas que o organismo necessita no determinado momento, inclusivamente colagénio. No entanto, não é a ingestão de gelatina ou alimentos ricos em colagénio que vai permitir que o teor de colagénio seja restabelecido no tecido conjuntivo. Esta irá fornecer os aminoácidos necessários à sua síntese e à síntese de outras proteínas.

No entanto, para que haja uma maior disponibilidade de colagénio (ou qualquer outra proteína) é necessário que a via metabólica do colagénio esteja ativa. E é a vitamina C que, (neste caso), irá contribuir para a sua síntese.



Post scriptum:

Indicações:

- DDR = 60 mg de vitamina C (adulto médio)

- De extrema importância para atletas de alta competição, fumadores e grávidas.

- A vitamina C pode ser encontrada nos seguintes alimentos: banana, batata, salsa, acerola, frutas cítricas, fígado bovino/suíno/aviário, pepino, ervilha, cenoura, couve-flor, brócolos, uvas, melancia, framboesas, agrião, salsinha, maçã, manga, couve, beringela, melão, pimentos e pimentões, tomate e outros.

Boa alimentação,
André Gabriel


Para leres o post acerca das vitaminas clica aqui.

Vitaminas - uma pequena introdução

As vitaminas foram por muito tempo consideradas compostos vitais com grupo Amina (-NH2) (Funk, Casimir, 1912). No entanto, foram descobertas bastantes vitaminas desaminadas. Assim, a característica que define uma vitamina é a sua essencialidade no metabolismo dos seres vivos, servindo como coenzimas/co-factores de enzimas (proteínas que aceleram a velocidade das reações químicas do nosso metabolismo).

Podemos subdividir as vitaminas em 2 grupos:
- As hidrossolúveis (como é o caso das vitaminas do complexo B, a vitamina C e a P), são todas as vitaminas solúveis na água. São absorvidas no intestino e transportadas pelo sistema circulatório até atingirem os tecidos. Doses excessivas destas vitaminas muito dificilmente se tornam tóxicas, uma vez que a sua absorção é mais precária, sendo facilmente excretadas pelos rins. Podem eventualmente alterar o equilíbrio ácido-base do sangue.

- As lipossolúveis (vitaminas K, A, D e E), são todas aquelas vitaminas solúveis em lípidos/compostos orgânicos que os transportam. Normalmente estão retidas no tecido conjuntivo adiposo (cujas células são ricas em lípidos). A sua afinidade com os lípidos facilita a sua absorção através da pele, mãos, pulmões, intestino delgado e estômago. São mais dificilmente excretadas do que as vitaminas hidrossolúveis e como são mais suscetíveis de reabsorção, podem acumular-se excessivamente no organismo.

(clique na imagem para ampliar)


A ingestão de vitaminas hidrossolúveis (B, C e P) é a mais importante pois não possuímos capacidade de as reter no nosso organismo.


No caso de não se encontrar uma determinada vitamina no organismo, a enzima que depende dela não funciona, e a via metabólica associada a essa enzima é interrompida - avitaminoses.

Para ler mais sobre o escorbuto e a deficiência em vitamina C clica aqui.

Quadro de vitaminas retirado de sobiologia.com.br; com supressões

Peace out, André Gabriel

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Não te deixes enganar! [3] - Teoria?

Para leres a 1ª parte desta série clica aqui.
Para leres a 2ª parte clica aqui.


No dia-a-dia somos confrontados com palavras que tendem a surgir fora de contexto. Umas das palavras mais mal usadas é “Teoria”.
Erroneamente, há quem defina a palavra teoria como se se tratasse de uma suposição, intuição ou até como uma mera hipótese. Por exemplo: “Tenho uma teoria de que o meu professor é um E.T.”.




No entanto, em linguagem cientifica uma teoria consiste numa combinação de explicações para um dado conjunto de observações que tenham sido testadas e comprovadas pela evidência (e.g.: Teoria da Relatividade).
Frases do tipo: “A existência de átomos é só uma teoria”, e semelhantes, são exemplos da confusão entre hipótese e teoria. O locutor desta frase pretende dizer, na verdade que a existência dos átomos é uma hipótese. Para este caso, existe um conjunto de explicações que culminam na Teoria atómica que nos diz que todas as substâncias químicas são formadas por unidades fundamentais: os átomos.

E será possível tratar algumas teorias como factos/leis? Claro que sim. Um exemplo claro disso é a Gravidade.


"A Teoria da Gravidade" ou "A Lei da Gravidade"?

Gravidade é o nome que se dá ao fenómeno em que dois corpos de determinada massa são atraídos  mutuamente, não “flutuando” aleatoriamente no espaço. Este fenómeno é um facto observado na natureza. De facto, Henry Cavendish mediu a força de atração entre duas esferas no final do século XVIII.
 Diferentes teorias surgiram para descrever como e porque é que esse fenómeno ocorre: A teoria da gravitação de Newton (que postula que uma força atua instantaneamente a uma dada distância) foi aceite durante muitas décadas até que a teoria geral da relatividade mudou completamente o nosso entendimento sobre a gravidade (considerando desta vez uma conformação espaço-tempo). Desse modo a gravidade é um facto/lei, porque é observada, e ao mesmo tempo uma teoria porque possui um conjunto de explicações que a descrevem.




A razão é a faculdade humana que leva à tomada de conclusões válidas ou úteis. Possui raiz na observação e na suposição e encaminham-nos ao ponto mais próximo possível da verdade. A razão não é a verdade mas um conjunto de algoritmos lógicos (racionais) que nos permitem chegar o mais perto possível da verdade. 
Assim todas as conclusões retiradas da ciência são atingidas por meio da razão com a execução de um método analítico apropriado (método cientifico), constituído pelas seguintes etapas comuns:
1)      Observação
2)      Formulação da hipótese
3)      Fase Experimental
4)      Publicação de resultados para revisão por pares

“Todo o nosso conhecimento, medido face à realidade é primitivo e infantil, no entanto constitui o bem mais precioso que temos.”
Albert Einstein
Peace out,
André Gabriel





Para leres a 1ª parte desta série clica aqui.
Para leres a 2ª parte clica aqui.




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Não te deixes enganar! [2] - Falácias

Para leres a primeira parte desta série clica aqui: Não te deixes enganar! [1].

5. Apelo à emoção
O locutor ignora a questão em discussão e usa-se da manipulação dos sentimentos para  tentar validar um argumento.

Exemplos:
- O advogado: Como podem culpar esta pessoa de ter assassinado a sua tia? Ele próprio construiu a sua casa e fazia-lhe as compras semanais!
- O Lucas não queria comer o cerebelo de ovelha com puré de fígado e grelos. Então o seu pai disse-lhe para pensar sobre as crianças pobres e desnutridas do 3º mundo, as quais não tinham nada para comer.
- As experiências usando animais têm que acabar! Já pensaram no quanto eles sofrem?
- Se não comprares uma comida de marca para o teu cão ele ficará tão triste.



6. Falácia do atirador do Texas
Nesta falsa causa, escolhe-se seletivamente um conjunto de dados que possam adequar um argumento.

Exemplos:
- Em 5 dos países onde uma marca de bebida é distribuída, 3 deles estão no Top10 dos países mais saudáveis da Terra, logo as suas bebidas são saudáveis.
- Um atirador texano disparou contra a parede de um celeiro 40 tiros de forma aleatória. Em seguida pintou vários alvos à volta dos conjuntos de buracos provocados pelo disparo da sua arma. Esse foi eleito o texano com melhor pontaria de toda a América.



7. Inversão do ónus da prova
Dizer que a obrigação de provar uma alegação cabe a quem não concorda com a mesma e não quem a reivindica, tendo que ser essa pessoa a mostrar as evidências da contestação.

Exemplos:
- Eu ontem vi um fantasma. Se não acreditas, prova que não vi.
- Os minotauros já existiram no passado, no tempo dos gregos. Se achas essa ideia ridícula, demonstra que não existiram!
- Bertrand Russel diz que neste momento existe um bule em órbita à volta do Sol entre a Terra e Marte. Como ninguém apresentou evidências do contrário, a sua alegação é válida.



8. Evidência Anedótica
Por vezes torna-se mais fácil aceitar casos isolados, notícias bombásticas e experiências pessoais do que argumentos validados pela razão, especialmente se estes últimos forem complexos de mais para serem percebidos por qualquer pessoa (mente descontínua). Assim como muitas outras falácias, a evidência anedótica não nos dá uma conclusão necessariamente errada, no entanto o raciocínio e o próprio argumento estão errados.

Exemplos:
- O Joaquim defendia o tabagismo como uma prática normal do dia-a-dia porque o seu avô fumava 4 a 5 maços de tabaco por dia, nunca teve problemas de cancro e só morreu aos 97 anos de idade. Acrescentou que os cientistas deviam rever as suas conclusões acerca dos males do tabagismo.
- O José foi à pesca e disse ao Pedro que pescou um peixe do tamanho da envergadura dos seus braços, sendo que o tamanho normal desse peixe é menor que a metade. Afirmou ainda que todos os peixes do lago em que esteve à pesca deviam ter esse tamanho e que deviam lá voltar para um frenesim. O Pedro ficou bastante convencido.





Não percas o próximo post e entretanto Não te deixes enganar!

Peace out, 
André Gabriel

Para leres a primeira parte desta série clica aqui: Não te deixes enganar! [1].

Memórias da licenciatura

E assim foi o consumar de 3 fantásticos anos de estudo em Genética e Biotecnologia. Decerto que aprendi imenso tanto a nível intelectual como a nível pessoal. Cresci. E estou disposto a continuar a crescer!

Obrigado a todos os que sempre apoiaram! Adoro-vos!

E o maior obrigado à minha família, que sem dúvida que foram os verdadeiros laureados! Adoro-vos!
Setembro 2011 - Julho 2014


Antes de tudo ter começado (2011)

Caloiro (2011)

Caloiro (2011)


Estudar :P (2013)

Relatório de Estágio Cientifico/Profissional (2014)

Queima das fitas (2014)

O fim (2014)


Certificado e Suplemento ao Diploma (2014)

Peace out,
André Gabriel

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Não te deixes enganar! [1] - Falácias

Na nossa vida seremos sempre abordados com argumentos. No entanto, muitas vezes nem todos esses argumentos possuem consistência. Quando isso acontece dizemos que o raciocínio é ilógico ou falacioso.
Uma falácia é pois uma falha no raciocínio lógico: É um argumento de mentirinha. Um bom argumento é desprovido de falácias, enquanto os argumentos fracos tendem a usar falácias para parecerem mais fortes. E muitas vezes somos iludidos a pensar em coisas que não têm lógica nenhuma.
Para isso é importante encarar o argumento como um todo e analisá-lo quanto à sua lógica para que não se caia em erro.
Nesta série pretendo dar a conhecer algumas das falácias lógicas mais usadas.







1. Straw man (Homem de palha ou Espantalho)
Quando se pretende deturpar ou exagerar um argumento dado por outra pessoa, tornando-o até risível, para que seja facilmente contestável.

Exemplo:
- O João disse que seria sensato gastar mais dinheiro com a saúde e a educação. O Carlos contestou dizendo estar surpreso com o modo como o João odiava o seu país, deixando-o indefeso devido aos cortes que seriam feitos ao exército em detrimento da saúde e da educação.



2. Black-or-white (A Falsa dicotomia ou Falso dilema)
São sugeridas duas alternativas como as duas únicas hipóteses, quando de fato há mais que essas duas.

Exemplos:
- As pessoas ou gostam de cães ou de gatos. Tu és uma pessoa de cães ou de gatos?
- Almoçaste um prato de carne ou de peixe?
- Eu sou o supremo líder deste país e quem não está do meu lado, é meu inimigo!



3. Ad Hominem
Atacar o oponente devido aos seus traços pessoais, tentando destruir qualquer argumento que tenha alegado, ainda que não seja falacioso.

Exemplos:
- Assim que a Gertrudes acabou o seu raciocínio, Samuel, o seu oponente disse que os seus argumentos não tinham qualquer fundamento uma vez que esta ainda não era casada e tinha um historial de problemas com drogas.



4. Apelo à autoridade
Afirmar algo porque alguém importante ou autoritário disse isso.

Exemplos:
- A Joana comprou quantidades astronómicas de um determinado medicamento homeopático, porque um farmacêutico, daqueles que aparecem nos programas da tarde, disse que era excelente contra dores de cabeça, dores de estômago, hemorragias e dores uterinas.
- A Maria Luísa dizia que as bananas não eram o produto de cruzamentos seletivos pela história da agricultura, porque o seu mentor espiritual, Ray Comfort, dizia que Deus as tinha criado como as vemos hoje.
- O Tiago afirmava de forma veemente que os ornitorrincos não punham ovos porque um seu amigo, formado em Biologia, lhe disse isso.




Não percas o próximo post e entretanto Não te deixes enganar!

Peace out, 
André Gabriel